17 Apr 2019 04:57
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<p>Lucia Dellagnelo representou a América Latina pela premiação da ONU voltada à utilização de tecnologias pela educação; pra ela, Brasil peca na ausência de incorporação em larga escala da tecnologia nas escolas. A brasileira Lucia Dellagnelo ajudou a escolher dois entre 143 projetos de tecnologia pela educação que foram ganhadores da mais recente edição do Prêmio Unesco, corpo humano da ONU pra educação e cultura. Doutora e Mestre em Educação na Instituição de Harvard, Dellagnelo foi secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável em Santa Catarina de 2013 a 2015 e hoje é diretora-presidente da ONG Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb).</p>
<p>Pela premiação da Unesco, ela foi presidente do júri e representante da América Latina. Em entrevista à BBC Brasil em São Paulo, Dellagnelo conta o que viu de mais muito bom, entre tantas propostas universo afora, pra tornar a educação mais igualitária, contemporânea e qualificada utilizando a tecnologia. E opina a respeito de onde o Brasil vai bem e onde deve aprimorar. BBC Brasil - Quais foram os critérios para escolher os projetos premiados em Paris?</p>
<p>BBC Brasil - O que seria esse enorme tempo? Dellagnelo - A título de exemplo, um dos premiados, o Marrocos, tem uma política baseada nesses quatro pilares há mais de quinze anos. A nação vem gradativamente implementando um plano chamado Genie, que sobreviveu a trocas políticas e de gestão. Se não for a comprido período, é dificultoso correlacionar o uso de tecnologia com o embate na propriedade.</p>
<p>Não é pelo episódio de utilizar um aplicativo ou uma plataforma adaptativa num ano que no seguinte serão vistas melhorias. BBC Brasil - O projeto da Índia também tinha este perfil? Dellagnelo - A Índia tem um dificuldade muito sério: a evasão no que seriam os nossos fundamental 2 e ensino médio. Como Abrir uma empresa Online Sem Sair de casa partir de videoaulas à distância, e utilizando uma parceria com a (universidade americana) MIT no desenvolvimento de tecnologia e laboratórios virtuais, conseguiram baixar o índice de evasão de adolescentes oferecendo um conteúdo de muita característica. O projeto, chamado CLIx, é de um instituto, em parceria com governos locais. Geografia E Futebol - O prêmio valorizou a inovação bem como?</p>
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<p>Videoaulas são usadas neste instante há um tempo em outros lugares. Dellagnelo - A função maior do prêmio é dar visibilidade a projetos que estão acontecendo e afirmar que, às vezes, uma tecnologia pode não ser uma extenso inovação num povo e ser em outro. Para uma população isolada, que não tem nem sequer luminosidade elétrica, que tem que utilizar gerador pra acessar a internet, o choque da videoaula é muito distinto. Tem um projeto chinês, de que amei muito também, em que um professor da capital, identificado como muito apto, dava aulas interativas algumas vezes pra 300 meninas espalhadas em numerosos lugares do nação. Ao mesmo tempo, construia o professor desta vila, que estava lá assistindo.</p>
<p>Sim, a videoaula não é uma tecnologia revolucionária - existe isso no Amazonas, inclusive -, contudo tivemos que utilizar essa relatividade pela votação: a tecnologia proposta decide uma questão que não estaria sendo resolvido se não existisse? Hackathon Terá Patrocínio De Visa Este Ano , fica claro que tem solucionado um defeito real, que é o acesso a professores qualificados. Visto que o prêmio também tem esse viés: toda moça e jovem do universo, independentemente do nação, da cultura e da língua que fala, tem certo à educação de característica. Como a gente faz a tecnologia trabalhar em prol nesse justo?</p>
<p>Tentamos evidenciar políticas mais amplas de emprego de tecnologia que foram incorporadas, de certa maneira, pelo poder público - nacional, estadual ou local -, fazendo uma transformação sistêmica. BBC Brasil - Projetos brasileiros também concorreram? Dellagnelo - Sim, porém eles não ficaram entre os vinte e cinco finalistas. Acho que uma das razões é o caso de serem voltados a grupos muito específicos. Um era de educação ambiental que usava tecnologia, porém estava muito pautado por visitas presenciais.</p>
<p>Um outro, de uma professora de acessibilidade, focava pela tecnologia para pessoas com deficiência auditiva. BBC Brasil - Você foi jurada representando a América Latina. Qual a ocorrência do Brasil no continente em termos de tecnologia educacional? Dellagnelo - Tem países que estão melhores do que a gente nesse quesito, como Uruguai, Chile e Costa Rica. O Uruguai adotou o projeto Plan Ceibal, cujo lema é "um pc por aluno". É um país superpequeno, de 3,5 milhões de habitantes, parece muito menos difícil fazer isso. Porém esse mesmo projeto, que conta com cento e poucos funcionários, também cuida de toda a tecnologia educacional: compra, distribui e faz manutenção de pcs, e também capacitar professores e fazer parcerias.</p>
<p>O país tinha, como por exemplo, um extenso defeito com professores de inglês pela área rural. Fizeram um convênio com o Reino Unido e todas as aulas de inglês são dadas a partir de Londres, com o professor também ali, aprendendo. BBC Brasil - A experiência chilena é parecida? Dellagnelo - Lá houve um desenvolvimento distinto.</p>
<p>O centro de inovação em educação se chama Enlaces e era uma rede de universidades que fazia busca e experiências em tecnologia educacional. Depois de alguns anos, ele foi incorporado pelo Ministério da Educação como um departamento que só cuida disso. Na Costa Rica, é uma fundação sem fins lucrativos que também recebe a atribuição do governo de tomar conta de toda a tecnologia educacional, treinar os professores, obter pcs e tal. BBC Brasil - Onde o Brasil está pecando?</p>